Durante muito tempo, as plantas medicinais foram a única opção para tratar as enfermidades do homem. Hoje em dia, mesmo diante de todos os avanços da medicina, elas ainda podem ser muito úteis, principalmente para pessoas que buscam alternativas naturais para os desconfortos do cotidiano.
Pensando nisso, preparamos este post para que você conheça mais sobre o assunto. Continue com a leitura e descubra o que são plantas medicinais e quais as diferenças entre elas e os fitoterápicos. Além disso, apresentaremos 7 espécies poderosas que você precisa conhecer e cultivar em casa. Acompanhe!
O que são plantas medicinais?
São plantas que comprovadamente possuem propriedades curativas ou auxiliadoras no tratamento de diversas doenças. Entre as principais substâncias que conferem as características farmacológicas nos vegetais, temos:
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alcaloides: atuam no sistema nervoso central, assim, agem como anestésicos, analgésicos e calmantes;
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flavonoides: indicados como anti-inflamatórios e anti-hepatóxicos;
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taninos: destacam-se, em especial, pelas ações adstringentes e antimicrobianas;
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mucilagens: agem principalmente como laxantes, expectorantes e cicatrizantes;
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óleos essenciais: têm poderes cicatrizantes, analgésicos, relaxantes, bactericidas, entre outros.
Elas podem ser utilizadas frescas, logo após a coleta, ou secas, dependendo da sua finalidade. Da mesma forma, o modo de preparo varia de acordo com a espécie e deve ser avaliado cuidadosamente e seguido de forma correta. Afinal, se for feito de forma errada, os efeitos podem acabar se perdendo.
Qual a diferença entre plantas medicinais e fitoterápicos?
Os fitoterápicos são medicamentos que utilizam plantas medicinais como matéria-prima. Ou seja, é feito a partir de derivados extraídos dos vegetais — óleos, ceras, sucos, extratos. Essas substâncias passam por processos de industrialização, dando origem ao fármaco.
Esse procedimento tem como finalidade evitar contaminações por substâncias estranhas e agrotóxicos, o que garante a eficácia e qualidade do produto final. No entanto, todo medicamento fitoterápico deve ser necessariamente produzido em laboratórios autorizados. Além disso, é preciso obter registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária — ANVISA. Somente sob essas condições é que pode ser comercializado.
Portanto, florais, homeopatias, partes das plantas, medicamentos manipulados e chás não são considerados como fitoterápicos.
Quais são as plantas medicinais ideais para cultivar em casa?
É sempre bom ter plantas medicinais em casa. A maioria é extremamente fácil de ser cultivada. Assim, sempre que precisar das propriedades farmacológicas, elas estarão à mão. Portanto, veja abaixo as principais ervas para cultivar em seu lar.
1. Camomila
Também conhecida como Margaça ou Macela-nobre, a camomila é uma planta bastante popular, não apenas por suas propriedades medicinais, mas também pelo agradável sabor. A erva é nativa da Europa e tem pequenas flores que, dependendo da espécie, podem ser brancas ou amareladas.
Benefícios
O chá de camomila é famoso por reduzir a ansiedade e promover o relaxamento, mas os seus benefícios vão muito além disso. A bebida auxilia no tratamento de problemas no estômago, ajuda a controlar os sintomas da má digestão e é excelente para minimizar enjoos.
Além disso, o chá de camomila é uma ótima opção para mulheres que estão enfrentando o período pré-menstrual, pois ameniza as indesejadas cólicas menstruais e promove a sensação de bem-estar, minimizando a irritação e a depressão da TPM.
Já no campo da cosmética e dermatologia, a camomila é bastante eficaz para remover as impurezas da pele, tratar inflamações e suavizar a aparência das olheiras. Com tantas propriedades, vale a pena investir em um bom chá de camomila, não é mesmo?
Modo de consumir
A melhor forma de preparar o chá de camomila é por meio da infusão — nunca pela fervura. Para o preparo, adicione duas colheres (sopa) de flores secas dessa flor a uma xícara de água fervente, tampe e deixe repousar durante dez minutos. A bebida ainda pode ser misturada com outras ervas, como erva-doce e hortelã.
O mesmo chá pode ser utilizado para fazer compressas na pele do rosto por cerca de quinze minutos por dia, duas vezes por semana. Além de amenizar as olheiras, esse processo ajuda a hidratar a pele e aliviar vermelhidões.
2. Boldo
Essa é uma das ervas mais consumidas pelos brasileiros. Seu nome científico é Peumus Boldus Molina e ela é popularmente conhecida por tratar problemas do fígado e do estômago.
Originária do Chile, a planta possui um alcaloide chamado boldina em sua composição. Essa substância promove o aumento da secreção da bile, auxiliando no processo de digestão.
Benefícios
O chá de boldo tem um forte poder antioxidante, atua auxiliando no processo de digestão, reduzindo, assim, os sintomas de queimação e aliviando a azia, além de ser um ótimo diurético. A bebida não deve ser consumida por gestantes.
Modo de consumir
O chá de boldo pode ser preparado com as folhas frescas ou secas. Basta acrescentar dez gramas de erva ou da folha em meio litro de água fervente, tampar e aguardar por dez minutos.
3. Capim-limão
O capim limão possui um aroma bastante característico, sendo muito utilizado na produção de cosméticos e óleos essenciais. Seu sabor é leve e agradável, o que permite que a erva também seja usada na gastronomia.
Devido à simplicidade do seu cultivo, a planta pode ser encontrada com facilidade em todo o país e, em algumas regiões, ela é conhecida como capim santo.
Benefícios
O capim limão possui propriedades antioxidantes, digestivas, calmantes, sedativas e diuréticas. O chá dessa erva é indicado para melhorar o processo de digestão, combater gases, diminuir a retenção de líquidos e amenizar as cólicas menstruais. A bebida não deve ser consumida por pessoas que têm gastrite ou por gestantes.
A folha também pode ser útil para tratar dores musculares e artrite, por meio do cataplasma.
Modo de consumir
O chá de capim limão também deve ser preparado por meio da técnica de infusão, pois as folhas fervidas tendem a perder as propriedades medicinais. Para fazer meio litro de chá, utilize dez folhas frescas cortadas em pedacinhos e deixe a bebida repousar por dez minutos, sempre com tampa.
4. Babosa
Assim como o capim limão, a babosa é uma erva muito popular na indústria de cosméticos. Também conhecida como Aloe Vera, a planta é rica em vitamina C, A, E, B1, B2, B3, B6, B12 e B13.
Benefícios
A babosa é popularmente chamada de “planta da beleza”, pois proporciona diversos benefícios estéticos, como hidratar pele e cabelos, prevenir o envelhecimento precoce e combater caspas.
Além disso, ela é bastante eficiente no tratamento de feridas e queimaduras, devido às propriedades cicatrizantes do aloeferon, um dos seus princípios ativos, que contribui para a multiplicação celular.
Já o suco da babosa que, infelizmente, ainda é pouco conhecido, pode auxiliar o trato digestivo, tratar a prisão de ventre, contribuir para a saúde bucal, melhorar o sistema imunológico e contribuir na perda de peso, pois elimina toxinas e faz com que o corpo desinche.
Modo de consumir
Para fazer o suco de babosa, você precisará apenas da parte gelatinosa da planta, que fica no interior da casca. Basta bater duas colheres (sopa) da substância com um copo de suco de laranja no liquidificador.
A substância gelatinosa da babosa também pode ser aplicada sobre bolhas nos pés, queimaduras de sol e picadas de mosquitos.
5. Alcachofra
A alcachofra é uma planta rica em ferro e cálcio, além de ser bastante apreciada na culinária. Porém, ela possui muitas outras propriedades medicinais. De origem europeia, a alcachofra é produzida, principalmente, nas regiões sul e sudeste do país.
Benefícios
A planta possui ações diuréticas e digestivas, além de diminuir o mau colesterol e auxiliar na prevenção e tratamento de doenças que afetam o fígado.
Modo de consumir
Para preparar o chá de alcachofra, ferva uma colher (sopa) de folhas em uma xícara de água por 5 minutos. Deixe descansar por dez minutos, coe e sirva em seguida.
6. Alecrim
O alecrim é uma planta medicinal cujo nome científico é Rosmarinus officinalis. Além de ser utilizada devido às suas propriedades farmacológicas, também é bastante apreciada na culinária. Assim, é um excelente tempero para o preparo de carnes e legumes.
Benefícios
A erva melhora o sistema nervoso, auxiliando na memória, concentração e raciocínio, além de prevenir e tratar problemas como ansiedade e depressão. Ainda, melhora a digestão, atua como antioxidante e alivia dores causadas pela artrite.
Modo de consumir
Para fazer chá de alecrim, acrescente 4 gramas de folhas em uma xícara de água fervente e deixe a mistura descansar por 10 minutos. O ideal é beber uma xícara de chá após as principais refeições.
7. Coentro
O coentro, cujo nome científico é Coriandrum sativum, já era utilizado pelos egípcios como planta medicinal devido aos seus grandes benefícios. Trata-se de uma erva com flores róseas e alvas extremamente aromáticas. Por esse motivo, também é bastante utilizada na cozinha.
Benefícios
Suas principais propriedades incluem a prevenção do câncer, proteção da pele, controle do colesterol, auxílio da digestão, regulação da hipertensão, combate às infecções intestinais e à anemia.
Modo de consumir
O chá de coentro é a forma mais comum de consumo da planta. Para isso, adicione 1 colher de sopa de sementes de coentro para cada 500 ml de água. Ferva a mistura por 2 minutos e deixe-a descansar por 10 minutos. Em seguida, está pronta para beber.
Agora que você já conhece algumas das principais plantas medicinais que são consumidas no país, que tal incluí-las na sua caixinha de medicamentos? Lembre-se que a automedicação é uma prática bastante perigosa e que essas substâncias naturais são paliativas. Por isso, consulte o seu médico regularmente.
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