Saúde

Você sabe o que é inteligência emocional?

 

Em um universo pessoal e profissional cada vez mais exigente, apressado e desgastante, as pessoas estão perdendo o controle de suas ações e sendo levadas à um estresse mental e físico que colocam o bem-estar e a qualidade de vida em risco. Esse estresse mina o indivíduo em todos os aspectos e provocam problemas além da corriqueira perda de sono.

Para evitar essas questões e problemas, uma solução seria desenvolver uma inteligência emocional voltada para objetivos mais saudáveis e construtivos, tanto pessoalmente quanto profissionalmente.

Entendendo a inteligência emocional

O conceito de inteligência emocional foi desenvolvido pelo psicólogo norte-americano, Daniel Goleman. Após fazer uma relação aos termos da inteligência social, Goleman concluiu que, uma pessoa inteligente emocionalmente é capaz de reconhecer as suas emoções mais facilmente que outros.

A inteligência emocional é importante e ajuda os seres humanos a controlarem os seus impulsos. Além disso, permite que todos possam canalizar emoções para determinados eventos e, ainda, a praticar a gratidão e motivar o próximo.

Segundo Daniel Goleman, a Inteligência emocional pode ser dividida em cinco áreas.

As cinco habilidades:

  • autoconhecimento emocional;

  • controle emocional;

  • automotivação;

  • empatia;

  • habilidades sociais;

Uma pessoa que controla e desenvolve dessas cinco áreas de maneira positiva, é considerada emocionalmente inteligente. Esses fatores beneficiam não somente o lado pessoal, mas também refletem no dia a dia profissional de qualquer indivíduo.

Inteligência emocional no contexto pessoal

A constante busca por hábitos e rotinas saudáveis faz com que as pessoas tornem-se mais bem humoradas, enérgicas e mais preparadas para os problemas do cotidiano. A inteligência emocional, entretanto, permite que se chegue mais longe que isso. No âmbito pessoal, esse tipo de inteligência, por meio da reflexão, autocrítica e empatia, nos torna mais aptos a interagir socialmente e nos comportar melhor.

Indivíduos com inteligência emocional mais bem desenvolvida têm chances maiores de viver relacionamentos amorosos mais estáveis e duradouros, apresentam níveis mais baixos de depressão e também de ansiedade. E, ainda, essas pessoas são mais saudáveis do que as demais.

De modo geral, essas pessoas são adaptáveis e flexíveis em diversos tipos de situações. A inteligência emocional os permitem lidar e superar momentos difíceis com mais facilidade e retirar lições, diante desses fatos, para o futuro. Como um mal relacionamento amoroso, por exemplo.

Inteligência emocional no contexto profissional

Sabe-se que pessoas emocionalmente inteligentes são bem-sucedidas no meio profissional. Geralmente, elas têm mais autoconfiança, são resilientes e conseguem se controlar e dosar a motivação para um objetivo maior.

É comum que empresas valorizem e garantam promoções a colaboradores que se relacionam bem, se utilizam da empatia e sabem se posicionar no ambiente de trabalho. Todos os fatores são fortemente influenciados pela inteligência emocional,que quando desenvolvida, atrai resultados positivos no meio corporativo com bastante eficiência.

Desenvolvendo a inteligência emocional

Para desenvolver a inteligência emocional, antes de tudo, é necessário identificar o que fazemos e como nos comportamos em algumas situações. Segundo um estudo da universidade de Harvard, de um modo geral, indivíduos com níveis baixos dessa inteligência possuem certos tipos de comportamento. Por exemplo:

  • se frustram por terem a sensação de que os outros não entendem o que eles falam;

  • ficam surpresos quando outras pessoas se sensibilizam com uma opinião dada e ainda acha que há um exagero por parte dos outros;

  • desconsideram a importância do bom relacionamento no ambiente profissional;

  • geram expectativas nos outros, iguais as que têm em si mesmos;

  • colocam a culpa de problemas e maus resultados do trabalho nos outros;

  • se irritam quando as demais pessoas esperam que entendam como estão se sentindo;

Após identificar esses problemas, cabe ao indivíduo trabalhar essas questões e buscar conhecimento e desenvolvimento nas seguintes áreas:

Autopercepção

  • procurar e identificar fatores que nos faz sentir furioso e calmo. Diferentes situações do dia a dia permitem isso;

  • saber o que, de fato, é relevante para si próprio. Esse tipo de conhecimento aumenta a possibilidade de saber como reagimos a determinadas ocasiões;

  • feedback: pedir e se abrir às opiniões dos outros em relação ao seu comportamento para com elas e para as diversas situações, tanto positivas quanto negativas do cotidiano.

Autogestão

  • pensar e esperar antes de agir. Essa prática permite aumentar o nível educacional e intelectual de uma resposta. E é extremamente efetiva para evitar reações por impulso;

  • refletir sobre os problemas. Pensar e tomar uma decisão importante horas ou dias depois, pode ser fundamental. Um comportamento mais sereno e inteligente pode vir após uma boa noite de sono, por exemplo;

  • tudo passa: coisas boas e ruins acontecem, nos afetam, nos mudam, mas também passam. Ter essa consciência é essencial para lidar com problemas e ser mais resiliente.

Percepção social

  • tratar as pessoas pelo nome é fundamental e torna o outro mais aberto ao diálogo. Este fator garante um acesso e uma compreensão maior às emoções do próximo;

  • ter o foco no que os outros estão lhe dizendo torna as interações sociais mais profundas e eficientes. As distrações podem tornar uma conversa importante superficial e irrelevante. Portanto, ter a mente limpa e focada garante mais qualidade na sociabilidade pessoal e profissional;

  • ter consciência e observar o espaço em que estamos e ocupamos garante que possamos entender e compreender as pessoas. Esse tipo de comportamento permite reações melhores ao nos relacionar com os demais.

Gestão de relacionamentos

  • os interesses não devem ser meramente profissionais. Ter curiosidade e ser simpático ao conhecer e saber o que outras pessoas têm a dizer, aumenta as chances de influenciá-las no ambiente profissional;

  • uma decisão sempre deve vir acompanhada de uma explicação. Portanto, ao tomar uma decisão, explique o porquê para que todos possam entendê-lo e, eventualmente, possam defendê-lo em outras tomadas de decisões;

  • ter humildade para assumir os erros e pedir desculpas tornam as reconciliações muito mais eficientes. Um problema pode ser resolvido pelas pessoas que os criaram. Apontar dedos não é a melhor solução, identificar, discutir e procurar soluções acaba sendo o melhor caminho para isso.

A inteligência emocional ainda é um fator muito estudado por psicólogos, neurocientistas e diversos profissionais das áreas médicas e de saúde. Atualmente, gestores e profissionais de recrutamento e seleção também levam isso em conta ao fazerem uma contratação.

Trata-se de algo que deve ser considerado e desenvolvido por todas as pessoas que buscam um bem-estar pessoal assim como crescimento profissional. Ser emocionalmente inteligente, garante um controle maior sobre as ações e reações em cenários e situações cotidianas e desconhecidas. Permite um conhecimento maior sobre as relações sociais e, mais importante, um autoconhecimento sobre as nossas próprias limitações e como podemos vencê-las.

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